O encontro reuniu quadros seniores do sector, parceiros de cooperação e representantes de instituições públicas com o objectivo de reflectir sobre as reformas em curso e definir as prioridades estratégicas para o novo ciclo de governação. O FIPAG esteve representado pelo seu Director Geral, Sérgio Cavadias, acompanhado pelos Directores Centrais de Projectos e Investimentos, Hélder de Deus, e de Administração e Finanças, Ana Contronhar.
Durante a cerimónia, o Ministro Fernando Rafael reafirmou o compromisso do Governo com a universalização do acesso à água potável e saneamento, destacando que as mudanças em curso no subsector não se limitam a ajustes administrativos, mas constituem verdadeiras transformações estruturais.
Neste quadro, anunciou-se a reformulação institucional do próprio FIPAG, que passará a funcionar como Fundo Nacional de Água, numa iniciativa destinada a fortalecer a governança, melhorar a eficiência operacional e reduzir as assimetrias entre zonas urbanas e rurais. O Ministro sublinhou ainda a necessidade de garantir respostas mais rápidas e eficazes às necessidades das comunidades, com especial atenção aos grupos mais vulneráveis e às regiões historicamente desfavorecidas.
No que diz respeito às metas do quinquénio 2025–2030, o Governo prevê a construção de 154 novos Sistemas de abastecimento de água, a realização de 133.000 novas ligações domiciliárias e a reabilitação de três estações de tratamento de água, além da intervenção no sistema de drenagem da Cidade da Beira. Com estas acções, espera-se elevar a cobertura nacional de água potável de 62% para 68% e a de saneamento básico de 37% para 47,7%, beneficiando directamente cerca de 5 milhões de pessoas, das quaes mais de 400 mil terão acesso à água potável pela primeira vez. A curto prazo, as intervenções prioritárias concentrar-se-ão em áreas críticas como o Grande Maputo, Nampula, Lichinga, Chimoio e Pemba, onde a pressão demográfica e as lacunas na infra-estrutura exigem respostas urgentes. A médio e longo prazo, o foco será na expansão sustentável dos sistemas de abastecimento em todas as províncias, com particular ênfase nas regiões Centro e Norte do país, onde persistem as maiores disparidades no acesso aos serviços de água e saneamento.
O FIPAG reitera o seu alinhamento com esta nova visão estratégica e compromete-se a desempenhar um papel central na concretização destas metas, contribuindo para um futuro em que o acesso à água potável seja uma realidade universal, equitativa e resistente em Moçambique.